“O seio é sobretudo símbolo de maternidade, de suavidade, de segurança, de recurso”*.

Ligado à fecundidade e ao leite, o primeiro alimento, é associado às imagens de intimidade, de oferenda, de dádiva e de refúgio.

Como símbolo da maternidade ele não só representa o primeiro alimento vai além disto, representa a continência, a proteção, a doação, o acolhimento a nível do coração. Ao mesmo tempo que nutre, embala associada a música mais suave e protetora: os batimentos do coração da mãe que acompanha seu bebê desde a concepção, de forma constante e equilibrada como uma promessa de continuidade daquele amor que concebeu e continua a proteger durante toda a vida, pois não é o seio da mãe, sempre, lugar de proteção, tranquilidade e certezas. O local onde a constância, o equilíbrio, a suavidade e o acolhimento permanecem durante toda a vida? É o refúgio ideal onde nada ameaça ou oprime.

Representa muito mais que isto, representa o compartilhar com o outro, caminho que devemos seguir durante toda a vida. Compartilhar com o outro, como a mãe compartilha seu corpo e todos os seus recursos físicos e emocionais, sem nada esperar a não ser o bem para aquele que recebe de seu feminino tudo o que há de melhor nele: a entrega da alma.

Amamentar simboliza uma relação de entrega, de nutrição de amor. Representa ceder de si mesma o seu melhor. Esta disponibilidade em dar e proteger suscita, naquele que recebe: aceitação, inclusão, respeito, amor, proteção. Representa a sugestão de que tudo vai bem, que é possível e seguro continuar.

Muitos falam que é uma relação mágica, no entanto acredito que é uma das relações de amor mais pura e sincera que vivemos durante toda a vida, até que… até que amamentamos o nosso bebê. Assim o ciclo se completa no mais puro amor.

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