A Medicina Antroposófica surgiu na Suíça no início do século XX a partir da visão do ser humano idealizada nos trabalhos da Dra. Ita Wegman (1874-1943) e pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner (1861-1925). Consiste em um sistema terapêutico natural que se propõe a tratar dos desequilíbrios orgânicos considerando o homem não apenas como um ser físico e biológico, mas também como possuidor de uma essência espiritual.
Diante de uma doença, o médico antroposófico considera o quadro clínico do paciente, bem como a avaliação de sua vitalidade, de seu desenvolvimento emocional e de sua história de vida. Para isso, faz uma abordagem do paciente incluindo aspectos da vida relacionados a sentimentos, hábitos e ritmos. Assim, aprofunda e individualiza o diagnóstico.
Para a Medicina Antroposófica, o desenvolvimento da consciência é um importante instrumento para determinar uma vida saudável e dar apoio no tratamento de doenças e desequilíbrios.
O tratamento proposto pela antroposofia fornece orientações e remédios que auxiliam na prevenção de doenças e na manutenção do estado saudável. Utiliza-se uma combinação de medicamentos produzidos de maneira natural, terapias complementares e orientações alimentares.
Em algumas situações, no entanto, pode ser necessário o uso concomitante de medicamentos convencionais, prescritos com base na experiência médica acadêmica do profissional.
A formação do médico antroposófico exige graduação acadêmica convencional, sempre com respaldos médicos. Assim, remédios alopáticos e intervenções cirúrgicas são usados sempre que preciso. A associação de ambos os tratamentos também é possível, otimizando os resultados.
A Medicina Antroposófica se aplica a todas as áreas da saúde e vê no cuidado à mulher grande possibilidade de desenvolvimento e autoconhecimento.