Bronquiolite em Crianças





Por Dra. Priscila Catherino
Pneumopediatra da Villa Vita



Essa doença é mais comum em bebês de até 2 anos e costuma ocorrer principalmente nos períodos de outono e inverno.

A bronquiolite é uma doença aguda, classicamente definida como o primeiro episódio de sibilância associado a uma infecção por vírus, em crianças menores de 2 anos de idade. Tem como principal causador (80%) o Vírus Sincicial Respiratório (VRS), ocorrendo principalmente nos meses de outono e inverno. Na cidade de São Paulo, estudos mostram que a estação tem início, em geral, no mês de marco, com pico em maio/junho e término em julho/agosto. 
A bronquiolite é uma das mais frequentes afecções do aparelho respiratório em lactentes. Ocorrem nos primeiros dois anos de vida, com pico de incidência no primeiro semestre e uma leve predominância no sexo masculino.  Aproximadamente 0,5 a 2% das crianças necessitam internação hospitalar .



A transmissão do VRS ocorre por contato direto com secreções respiratórias, em geral, por meio das mãos e objetos contaminados. O período de incubação é de 4 a 5 dias e a evolução com acometimento pulmonar ocorre após 1 a 3 dias do início da coriza.  A doença tem início como um resfriado comum (tosse, coriza, espirros e febre) evoluindo com sibilos (chiado), cansaço e piora da tosse. 
O diagnóstico é baseado na clínica da criança e identificação do agente etiológico em alguns casos.  A maioria das crianças respondem ao tratamento em domicilio com inalações, hidratação e fisioterapia respiratória. Medicações como broncodilatadores e corticoesteroides devem sempre ser prescrito e acompanhado pelo médico. 
A prevenção consiste basicamente na diminuição da exposição aos agentes etiológicos. Deve-se evitar o contato de lactentes com pessoas com sinais de resfriado, locais com aglomerados de pessoas. Deve-se evitar também a exposição a poluentes ambientais, principalmente fumaça de cigarro, que atuam como irritantes das vias aéreas e aumentam a gravidade da doença. Pacientes de alto risco devem também fazer a profilaxia medicamentosa com anticorpo monoclonal, este prescrito sempre pelo pediatra ou pneumologista pediátrico do paciente.

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