Na Semana Mundial do Aleitamento Materno, entre 1 e 7 de agosto, Ministério da Saúde e OMS reforçam os benefícios da amamentação: nas Américas, apenas 38% das crianças recebem amamentação exclusiva até os seis meses.

A amamentação em até uma hora após o nascimento protege o bebê de infecções e reduz a mortalidade infantil, reforçam orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde para a Semana Mundial de Aleitamento Materno (entre 1 e 7 de agosto). A amamentação também previne alergias, anemias e infecções respiratórias, dentre os outros benefícios (confira abaixo).

Esse é um dos motivos pelos quais a amamentação exclusiva é recomendada até os seis meses de vida — mesmo água ou chá devem ser evitados se possível, dizem entidades. Isso porque a introdução de outros líquidos, bem como da mamadeira ou da chupeta, estão associados ao desmame precoce, explica o Ministério da Saúde.

“Água, chás e principalmente outros leites devem ser evitados, pois há evidências de que o seu uso está associado com desmame precoce e aumento da morbimortalidade infantil”, diz o Ministério da Saúde.

Camanhas mundiais de aleitamento são feitas periodicamente pelo alto benefício da amamentação, que funciona como uma “vacina” para o bebê”. O risco de mortalidade por diarreia ou outras infecções aumenta significativamente em crianças que foram parcialmente amamentadas ou sequer chegaram a receber leite materno.

Além da proteção no curto prazo, crianças e adolescentes que foram amamentados têm menos chance de se tornarem obesos e estudos demonstraram que eles se saíram melhor em testes que avaliaram inteligência, reforçam as entidades.

Confira alguns dos benefícios da amamentação:

Para o bebê

  1. O leite materno contém todos os nutrientes e anticorpos essenciais até o 6º mês de vida;
  2. Bebês que foram amamentados têm menos chance de se tornarem obesos ou com sobrepeso no futuro;
  3. A amamentação previne alergias, anemia e infecções respiratórias, como a asma;
  4. Bebês amamentados têm risco menor de desenvolver diabetes tipo II;
  5. Crianças que tiveram amamentação exclusiva até os seis meses tiveram 3 pontos em média a mais em testes de QI.
  1. A amamentação reduz a depressão pós-parto;
  2. O leite materno é acessível;
  3. A amamentação ajuda no controle da natalidade (tem uma taxa de proteção de 98% nos primeiros seis meses);
  4. Tem um efeito protetor contra o câncer de mama e de ovário;
  5. A amamentação reduz o risco da mulher desenvolver diabetes tipo 2 após a gravidez.

Apesar dos benefícios, não são todas as crianças que recebem amamentação exclusiva. Segundo dados de 2017 da Organização Mundial de Saúde, apenas 38% delas são alimentadas exclusivamente com o leite da mãe até os 6 meses de idade. Também apenas 32% continuam sendo amamentadas até os dois 2 anos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, se todas as crianças do mundo fossem amamentadas, seria possível salvar a vida de 820 mil crianças de até 5 anos de idade anualmente.

Responsabilidade de toda a sociedade

As entidades reforçam que o incentivo à amamentação deve envolver toda a comunidade. Além da licença-maternidade de quatro meses, empresas devem por lei oferecer dois descansos diários para a mãe, de meia hora cada um, até o 6º mês de vida do bebê.

Algumas empresas também aderiram ao Programa Empresa Cidadã, da Receita Federal, e passaram a adotar a licença-maternidade de seis meses.

O Ministério da Saúde também estimula que toda a sociedade respeite a mãe que está amamentando, reconhecendo o valor da amamentação. Profissionais de saúde também são orientados a introduzir o pai no processo de amamentação.

Em abril desse ano, a Organização Mundial de Saúde publicou uma lista com 10 recomendações para que profissionais de saúde ajudem no estímulo do aleitamento exclusivo. Dentre os incentivos, está em facilitar o contato da mãe com o bebê o mais rápido possível após o nascimento.

Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados *

Postar Comentário