A cirurgiã dentista especialista em Dentística Restauradora, mestre e doutora em Saúde da Criança e do Adolescente, Maria Teresa Ratto, realizou um estudo de doutorado sobre a associação entre disfunção de articulação temporomandibular, consistência da dieta e hábitos alimentares em jovens.
Maria Teresa afirma que foi possível perceber que a presença de disfunção temporomandibular (DTM) altera alguns hábitos alimentares e sua pesquisa apresentou os seguintes apontamentos entre os voluntários:
- Houve relação entre consistência da dieta e dor em pacientes com disfunção temporomandibular, sendo que pacientes com dor têm dificuldade com alimentos duros;
- O gênero feminino apresentou mais dor;
- Não houve diferença no lado em que se mastiga nos indivíduos com dor e sem dor;
- Os indivíduos que mastigam de forma unilateral preferem dieta menos consistente;
- Não houve relação entre velocidade de mastigação nos indivíduos com dor e DTM;
- A maioria dos pacientes com dor não bebe líquido concomitante com dieta, e os que bebem líquido concomitante com dieta preferem que esta seja menos consistente.
De acordo com a cirurgiã dentista, os adolescentes
por exemplo, não têm o hábito de ingerir frutas e verduras, somente alface, tomate e suco de laranja, e existe uma correlação entre consistência da dieta como alimentos duros crus (carne vermelha, frutas e verduras) e alimentos pastosos (pão e massas) com disfunção de ATM. Segundo ela “hábitos como mastigar devagar ou de um lado só e principalmente não ingerir líquidos pata ajudar na mastigação do bolo alimentar podem ter grande influência na disfunção de ATM”.