O médico vascular da Villa Vita responde as dúvidas, dá dicas e desfaz os mitos sobre as pernas. Dá tempo de cuidar delas antes que o verão chegue
Geralmente as pernas passam todo o inverno cobertas e até meio esquecidas. O uso de calças e meias finas escondem aqueles probleminhas que tanto incomodam e precisam ser tratados. Com acaba o inverno, chega a temporada de saias e vestidos. Hora de dar atenção especial a essa parte do corpo!
Para ter uma pele lisinha e sem manchas, os cuidados precisam começar agora. Mas, antes de recorrer aos tratamentos estéticos, precisamos checar se a saúde está em dia. Para entender mais sobre os problemas mais comuns nessa região, o Dr Marcos Augusto Ferreira, médico vascular da clínica Villa Vita, clínica de saúde e bem-estar na Vila Leopoldina em São Paulo, dá as dicas.
1 – Como saber se tenho problema vascular nas pernas?
Geralmente os sintomas são dores e sensação de cansaço nas pernas. “Esses sinais não podem ser ignorados, pois são um alerta de quem algo não vai bem na circulação do sangue nessa região”.
Apesar disso, há casos em que a paciente não sente nenhuma dor e as varizes podem não ser aparentes, mas estão ali. “Na clínica Villa Vita temos um aparelho que mapeia as veias e vasos da perna e ajuda a elaborar um diagnóstico da paciente”, afirma o Dr Marcos.
Em alguns períodos do mês, como na TPM ou quando está muito calor, é normal que ocorra inchaço nas pernas e até um pouco de dor. Porém, fora deste cenário, o ideal é procurar um médico para fazer uma avaliação.
2 – A partir de qual idade as varizes surgem?
Não há uma idade certa. Apesar de ser mais comum a partir da meia-idade por causa da passagem do tempo, a dilatação das veias pode surgir até na adolescência.
Os vasinhos e varizes também podem ser causados por fatores genéticos e se manifestarem a qualquer momento. “Eu tenho pacientes adolescentes, na faixa dos 15 anos, que estão em tratamento”, conta o Dr Marcos. Por isso, se seus pais ou avós têm alguns desses problemas, fique de olho aos sinais. Em jovens, esses problemas também estão associados, além da hereditariedade, ao uso precoce de anticoncepcionais e sedentarismo.
3 – Qual a diferença entre vasinhos e varizes?
Na verdade, os dois são varizes. Os vasinhos são apenas vasos menores e as varizes vasos mais grossos. O calibre do vaso e os sintomas é que diferencia um do outro. Os vasinhos não causam dor, são de coloração roxa ou avermelhada e possuem espessura aproximada de um fio de cabelo. Já as varizes são doloridas, fica sobressaltadas na pele e possuem cor azulada ou esverdeada.
4 – O que causa o surgimento de varizes?
Além do fator genético, o sedentarismo e sobrepeso são grandes fatores de risco, pois o excesso de peso sobrecarrega as pernas e o sedentarismo deixa a circulação mais lenta, causando a insuficiência venosa. A gravidez também favorece o surgimento de varizes pela compressão do útero sobre as veias pélvicas.
5 – Fumar piora o problema?
O hábito de fumar também entra na lista. Algumas substâncias químicas contidas no cigarro são prejudiciais às veias e as tornam mais propensas ao surgimento de varizes. Além disso, a deficiência de algumas substâncias como o colágeno e a elastina pode deixar a parede do vaso mais frágil, provocando o seu alargamento.
As alterações hormonais também são pontos de atenção. O uso de pílula anticoncepcional e reposição hormonal em pacientes que já possuem tendência aos vasinhos e varizes é arriscado, pois aumenta o risco de trombose. “Não podemos afirmar que o uso de hormônios causa varizes e vasinhos pois não há comprovação, mas só pelo risco de trombose já vale o alerta”, explica o Dr Marcos.
Ficar em pé ou sentada por muito tempo também favorece o aparecimento de varizes. Toda posição que dificulte a circulação estimula o surgimento dos vasinhos e varizes.
6 – Quais os tratamentos para vasinhos e varizes?
Para os vasinhos com calibre inferior a 3 milímetros, indicamos a escleroterapia, que é a secagem dos vasinhos. Esse procedimento consiste na aplicação de glicose hipertônica por meio de uma agulha bem fina diretamente no vasinho. É seguro, pouco desconfortável e muito eficaz.
Mas para obter o resultado esperado, é preciso fazer todas as sessões que são realizadas no próprio consultório. “É muito importante tratar esses vasinhos antes que se tornem varizes”, completa.
7 – Os cremes ajudam a tratar varizes?
“Esqueça os cremes milagrosos que prometem fazer os vasinhos desaparecerem. Isso é mito”, alerta o Dr Marcos.
Já as varizes só podem ser tratadas com intervenção cirúrgica. “É um procedimento simples, a paciente é liberada no mesmo dia e em quatro dias já pode voltar às suas atividades normais”, explica o Dr Marcos.
8 – As varizes e vasinhos voltam a aparecer depois do tratamento?
Não. Uma vez tratado o vasinho e retirada a variz por meio de microcirurgia, eles não voltam mais. O que pode ocorrer é o surgimento de novos vasos e varizes, pois é uma doença crônica.
9- Como prevenir varizes?
O princípio básico para evitar qualquer problema vascular é colocar o corpo em movimento. “Estimular a circulação e a contração muscular com atividades físicas vai ajudar a bombear o sangue de volta ao coração”.
Praticar esportes que ativem a musculatura da panturrilha como caminhada, natação, ciclismo e hidroginástica é um hábito muito efetivo. Na prática, o que acontece é que o movimento faz funcionar o coração periférico, que impulsiona o sangue para cima evitando o aparecimento de varizes.
Mas o repouso também é importante. Quando estamos deitados, o coração fica no mesmo nível da perna, o que facilita o retorno do sangue. Mas, fica ainda melhor se estivermos com os pés elevados, pois o coração fica para baixo e os pés para cima. Ou seja, apoiar os pés (e não os joelhos) sobre uma pilha de duas ou três almofadas vai favorecer ainda mais o retorno sanguíneo.
10 – Salto alto causa varizes?
Se você trabalha muito tempo em pé, use preferencialmente calçados com salto em torno de 3 a 4 cm de altura e que tenha uma boa base. Mas aqui há um ponto importante: o salto alto não é o vilão das varizes. O Dr Marcos explica que não há comprovação científica. “O salto pode causar cansaço nos pés em razão da altura e espessura, mas não podemos afirmar que causa varizes”, ele completa.
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