Bem antes de chegar aos 60 anos. Apesar das questões causadas pelo envelhecimento começarem aos 40 anos, a prevenção com um geriatra pode começar na faixa dos 30 anos
O médico geriatra é um profissional dedicado ao estudo do idoso e do processo de envelhecimento pelo qual todos nós passamos. Diferente dos médicos especializados em algum órgão ou sistema, o geriatra tem uma visão ampla do corpo humano e do seu funcionamento. Assim, ele pode ser o médico da família.
Como o geriatra atua?
Essa é uma das poucas especialidades da medicina que se dedica ao indivíduo como um todo. O geriatra avalia como o paciente, à medida que envelhece, reage às mudanças no seu organismo. A Dra Juliana Yumi, médica geriatra da Villa Vita, clínica de saúde e odontologia na Vila Leopoldina em São Paulo, conta que o seu trabalho é feito em parceria com os demais médicos.
Endocrinologistas, cardiologistas, reumatologistas e até fisioterapeutas, em conjunto com os geriatras, formam um time de sucesso. O paciente é quem leva a vitória. “Muitos desses profissionais entram em contato comigo para relatar alguma situação do paciente. Juntos, definimos as melhores medidas e tomamos as decisões sobre como proceder”, conta.
Bem antes dos 60 anos
Mas se engana quem pensa que só deve ir ao geriatra após os 60 anos. Envelhecer é inevitável a qualquer pessoa, por isso, por que não buscar a melhor forma de passar por esse processo? De acordo com a Dra Juliana Yumi, hoje em dia as pessoas estão muito mais conscientes sobre a importância de envelhecer com saúde.
Ela conta que tem recebido em seu consultório cada vez mais pacientes jovens, preocupados com o futuro. “A pergunta que mais ouço é ‘o que tenho que fazer para me manter bem?’”. A população idosa do país está aumentando e as pessoas querem se manter ativas, independentes, com vida social e íntima mesmo depois dos 60.
O que é avaliado na consulta ao geriatra?
Para isso, quanto antes são feitos os ajustes, mais qualidade de vida a pessoa terá no futuro. “Nós fazemos um check-up clínico, estudamos o histórico familiar para identificar possíveis hereditariedades. Também avaliamos a rotina e hábitos do paciente para ter um panorama da saúde dele”.
Mas a relação vai além disso. Identificar o estilo de vida, relacionamentos e nível de estresse também é questão de saúde. “Precisamos entender os conflitos do paciente não para fazer o papel do psicólogo, mas para recomendá-lo, se necessário”, afirma a Dra Juliana.
A relação de confiança que se estabelece também permite ao geriatra abordar outros assuntos, como o financeiro. Um jovem precisa se planejar para a velhice, fazer uma reserva e programar a aposentadoria. “Tudo isso faz parte do nosso trabalho. Nenhuma outra especialidade médica vai tratar desses assuntos com o paciente”.
Esquecimento, mal de Parkinson…
As doenças que mais afligem os idosos são o esquecimento, mal de Parkinson, osteoporose, dores musculares que limitam os movimentos, problemas no coração e depressão. “Há uma grande responsabilidade do geriatra em tratar essas doenças pelo impacto que podem causar ao idoso”.
Exames para prevenir doenças no futuro
Ela conta que há exames médicos em que o risco a que o paciente é exposto é maior do que o benefício do diagnóstico que poderia se obter, por isso não vale a pena realizar. “Temos de ser muito ponderados na nossa conduta. Um geriatra não deve jamais generalizar, mas sim tratar cada paciente na sua individualidade, preservando assim sua saúde”.
A disponibilidade do médico também é outro ponto importante. “Fico disponível 24 horas por dia para todos os pacientes idosos. Em uma emergência, a família me aciona e assim consigo atuar em parceria com o hospital para onde o idoso é levado”. A Dra Juliana conta que nestes casos ela liga para o colega que está atendendo o seu paciente. Juntos, tomam as decisões do que deve ser feito.
Que tipo de velhice você quer?
Os comportamentos de risco também são tratados no consultório. Pacientes sedentários, fumantes, que têm o hábito de ingerir bebida alcoólica com certa regularidade e as escolhas alimentarem vão determinar o tipo de velhice que terão. “A verdade que muitos não aceitam é que com o passar dos anos o metabolismo não processa mais os nossos hábitos da mesma forma. Tudo vai ficando mais lento e precisamos nos adequar para não sobrecarregar o organismo”.
A ida ao geriatra também pode ajustar, por exemplo, as expectativas do paciente quanto ao envelhecimento. Por exemplo, o ritmo de trabalho, fatores emocionais. Até mesmo como se preparar para a aposentadoria, que é um momento muito importante na vida de uma pessoa. “Temos casos de pacientes que ficaram perdidos quando se aposentaram. Tiveram até início de depressão”, conta a Dra Juliana.
Depressão na terceira idade
A falta de atenção da família e o preconceito da sociedade também causam ao idoso um estado depressivo. É aqui que mais uma vez o trabalho do geriatra faz a diferença. “É nosso papel ajudar o paciente a lidar com esses conflitos e sentimentos. E ainda conscientizá-los sobre o seu valor para desfrutarem dos melhores anos de suas vidas”. Nessas horas, é importante que a consulta seja em um lugar que tenha acessibilidade e que estimule o equilíbrio e o bem-estar.
Quando é a hora de ir ao geriatra, afinal?
Apesar da incidência de doenças causadas pelo envelhecimento ser maior a partir dos 40 anos, o trabalho de prevenção com um geriatra pode começar na faixa dos 30 anos. “É nesse momento que o nosso organismo atinge o seu ápice de rendimento e por isso é a hora certa de fazer ajustes com foco preventivo”, esclarece a Dra Juliana.
Com o passar dos anos, o papel do geriatra vai mudando na vida do paciente. À medida em que a idade avança, ele passa a ser o profissional que vai orientar sobre todas as áreas da vida. Quando houve necessidade, vai direcionar ao médico especializado. “Chega um momento em que as pessoas ficam enfadadas de irem a tantos médicos. São várias as situações que precisam tratar. O geriatra reúne tudo em uma única consulta”.
Qual a frequência das consultas ao geriatra?
Sobre a frequência das consultas, a Dra Juliana diz que não existe uma recomendação formal. “Depende de cada caso e do momento de vida do paciente. Se vai tudo bem com ele, pode ir somente uma vez ao ano”.
A proposta do geriatra é orientar o paciente para uma longevidade de vida com muita saúde e disposição. O foco deve ser o seu bem-estar e a preservação de sua autonomia e independência. “É muito digno que as pessoas vivam na sua velhice os melhores anos de sua vida”, ela completa.
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