Mosquito Aedes aegypti começou a assustar os brasileiros com a transmissão da dengue. Depois, o país acompanhou o surgimento de uma nova doença desconhecida: a zika.
Esse novo vírus passou a ser o principal medo das grávidas e alvo de pesquisas por todo o mundo.
Mal ele chegou e surgiu a chikungunya, que superou os casos do vírus da zika em 2016 e ainda precisa ser estudado para a ciência entender suas consequências.
E, agora, os mosquitos Haemagogus e Sabethes transmitem a febre amarela em Minas Gerais, um novo surto que ocorre após 10 anos – o último aumento do número de casos ocorreu em 2007.
O G1 ouviu especialistas – infectologistas, biólogos, pediatras – para tentar entender as diferenças de todas essas doenças e onde elas estão agindo com mais força pelo país.
Por que o Brasil está sendo afetado por essas doenças?
Há um ambiente favorável para a reprodução dos mosquitos transmissores, tanto o Aedes aegypti, quanto os mosquitos selvagens da febre amarela, o Haemagogus ou Sabethes. “Não conseguimos controlar a população de mosquitos. É preciso descobrir uma maneira mais objetiva de combatê-los”, explica Juvêncio José Duailibi Furtado, coordenador científico da Sociedade Paulista de Infectologia.
Os médicos concordam que são vários fatores que propiciam o ambiente favorável. Para Gúbio Soares, pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o processo de “favelização” das cidades contribui para o cenário. “As pessoas não têm moradia digna, não têm rede de esgoto, não têm água encanada, e armazenam água em tonéis e baldes”, explicou.